Sintomas e descrições das doenças que
mais
atingem o olho humano
Glaucoma: doença causada pelo aumento da PRESSÃO
INTRAOCULAR, resultante do acúmulo de humor aquoso, líquido que preenche o
espaço entre a córnea, o cristalino e a íris. Por causas desconhecidas ocorre
uma produção excessiva desse líquido ou uma diminuição dos orifícios por onde
ele escoa. Com o aumento da pressão , surgem danos irreversíveis no nervo
óptico. É uma doença indolor que vai diminuindo a visão periférica até provocar
cegueira irreversível. Se descoberta a tempo, pode ser controlada com remédios
que inibem a produção do líquido, ou por uma cirurgia que abre orifícios para
seu escoamento.
Descolamento
de retina: Ocorre
quando a retina sofre uma perfuração permitindo a infiltração do humor vítreo
(líquido que preenche o globo ocular), ou pessoas com diabetes, devido à
fragilidade capilar, rompendo e ocorrendo hemorragias. Em conseqüência a estes
fatores, ela começa a se deslocar, separando-se da camada chamada coróide, que
lhe fornece nutrientes. O tratamento é cirúrgico e deve ser realizado antes que
o descolamento de retina atinja a mácula, região central da retina, tornando a
cegueira irreversível.
Degeneração
senil da mácula: a
região central da retina, a mácula pode com o envelhecimento, prejudicando a
visão central. Pesquisas indicam que a excessiva exposição ao sol favorece seu
aparecimento. Ainda não existe um tratamento eficaz, busca-se por novos
tratamentos que preservem as células sadias.
Catarata: doença que turva gradativamente a
visão. É comum nas pessoas mais idosas, mas também pode ocorrer em crianças e
jovens. Seja qual for à causa (trauma, congênita ou senil), o cristalino se
torna opaco, impossibilitando a passagem de luz e conseqüentemente, diminui a
visão e até provocar a cegueira. Não há tratamento clínico, apenas cirúrgico.
Ele consiste na introdução de uma LIO, que fará o papel do cristalino,
devolvendo a visão do paciente em mais de 90% dos casos.
Pterígio: caracterizado por uma
"pelezinha" na superfície do olho, que cresce do canto para o meio,
sobre a córnea. É causado em parte, pela luz do sol, poeira ou vento. Correção
cirúrgica antes que alcance a pupila, podendo também estacionar sem a
necessidade de cirurgia.
Conjuntivite: causa mais comum: penetração de um
corpo estranho ou poeira excessiva, a irritação resultante provoca aumento de
secreção e afluxo de sangue (traz células de defesa), além de corpos estranhos,
certos microrganismos (bactérias/vírus), poderão também produzir efeitos
semelhantes. Outros fatores: defeitos de visão, deficiências de iluminação,
esforço prolongado e excessivo da visão e alergias.
Terçol
(Hordeolo): mais freqüente
e mais conhecida afecção das glândulas localizadas na parte interna da
pálpebra, produzida por microrganismos (estafilococos). Apresenta-se como um
abcesso vermelho, intensamente doloroso, com pus em seu interior.
Olho seco: o filme lacrimal rompe-se
prematuramente, deixando o epitélio (conjuntiva e córnea) exposto à atmosfera.
Causas diversas: produção insuficiente das glândulas lacrimais, evaporação
excessiva de lágrimas, etc.
Tracoma: forma de conjuntivite crônica, não tão
comum. Costuma durar meses, ou até anos, e se não for tratado a tempo, pode
provocar a cegueira. Transmissão: contato direto com pessoa contaminada, por
objetos infectados ou ainda por moscas.
Ceratite Bacteriana (Úlcera de Córnea): Uma úlcera de córnea é uma infecção
na córnea causada por bactérias, vírus ou fungos. Duas das causas mais comuns
são: abrasão da córnea por corpos estranhos e pouca higiene das lentes de
contato (principalmente se usadas durante o sono).
Sinais
e Sintomas:
Dor
ocular, vermelhidão, coceira e queimação, placas brancas na córnea, aumento de
lágrimas, sensibilidade à luz (fotofobia).
Prevenindo
o alastramento da infecção
A atenção
precoce do oftalmologista ou optometrista a uma infecção ocular pode prevenir a
ulceração e futuros danos à córnea. Uma úlcera de córnea não tratada pode
danificar permanentemente a córnea. Pode também perfurar o olho, resultando no
alastramento da infecção, aumentando o risco de debilitação visual permanente.
Conjuntivite Clamidiana ou Gonocócica : É uma infecção da pálpebra interna,
que normalmente afeta adolescentes e jovens sexualmente ativos. A clamídia é
considerada um dos principais patógenos sexualmente transmissíveis. As mulheres
parecem ser mais susceptíveis do que os homens. Esta infecção também afeta
bebês cujas mães têm conjuntivite clamidiana não tratada. A incidência da
infecção parece estar diretamente relacionada à atividade sexual.
Sinais
e Sintomas:
Infecção
ocular persistente (3 semanas ou mais) comumente com descarga mucosa.
Sistemicamente,
os sinais e sintomas podem incluir histórico de vaginite, doença inflamatória
pélvica ou uretrite.
Os sinais e sintomas oculares incluem a principal queixa de infecção ocular que
persiste por mais de 3 semanas, apesar do tratamento com antibióticos tópicos.
É comum a descarga de muco.
O que
é conjuntivite gonocócica?
É
também uma doença ocular sexualmente transmissível. Relatou-se como causa até
mesmo o contato casual com indivíduos infectados. Bebês recém-nascidos podem
adquirir a infecção através do cordão umbilical infectado. Esta é uma doença
ocular muito contagiosa.
Sinais
e Sintomas:
Vermelhidão
ocular com sensação de corpo estranho. O olho pode ficar fechado, com uma
descarga substancial de pus. O período de encubação é geralmente de dois a sete
dias.
Prevenindo
o alastramento da infecção
A
transmissão para o olho pode resultar de contato manual de um ponto de infecção
genital e o olho. Gestantes infectadas podem transmitir a infecção para os
recém-nascidos. Evite compartilhar cosméticos.
Episclerite: É uma
inflamação no tecido que cobre a esclera ("branco do olho").
Sinais
e Sintomas
Vermelhidão
em um ou em ambos os olhos. Ocasionalmente, pode haver um nódulo branco
translúcido na região central da área inflamada (episclerite nodular). Os
pacientes podem sentir uma dor leve ou fraqueza na região afetada. Geralmente,
não há desconforto associado.
Esclerite: É uma inflamação da esclera (branco do olho).
Sinais
e Sintomas
A
esclerite pode apresentar dor ocular severa e olho vermelho significativo.
Gradualmente, os pacientes podem ter fotofobia (sensibilidade à luz),
lacrimejamento e diminuição de visão.
Uveíte Anterior: Uveíte
é uma inflamação dentro do olho, nos tecidos da úvea, que incluem a íris (a
parte colorida do olho), o corpo ciliar (atrás da íris, produz o fluido dentro
do olho) e a coróide (o tecido vascular embaixo da retina). A uveíte pode
ocorrer como resultado direto de trauma ocular e pode estar associada a alguma
doença sistêmica existente. A uveíte pode ser tanto aguda quanto crônica.
Sinais
e Sintomas
A
uveíte anterior típica envolve dor, fotofobia (sensibilidade à luz- pode-se
necessitar usar óculos escuros) e lacrimejamento excessivo. Os pacientes
relatam uma dor profunda e vaga nos olhos e ao redor da órbita.
Pode
haver algum turvamento da visão, embora a acuidade visual geralmente não seja
afetada negativamente em ampla escala.
Ceratocone: desenvolvimento anormal de ambas as
córneas, que apresentam formas cônicas, principalmente nas partes centrais,
desenvolvendo-se sem sintomas de inflamação. Terapias: uso de óculos com lentes
fortemente tóricas, lentes de contato rígidas, perfurações no ápice corneano,
enxertos de camada na córnea, transplantes são indicados quando a acuidade
visual com lente de contato está menor a ponto de interferir nas atividades
normais do indivíduo.
Moscas
Volantes: são pequenos
pontos ou manchas que muitas pessoas costumam ver no seu campo de visão. Na
verdade, essas manchas são opacificações na gelatina que preenche grande parte
do olho, conhecida por vítreo. Embora pareçam estar à frente do olho, as Moscas
Volantes que surgem em nossa visão, principalmente quando olhamos para um campo
de cor uniforme como uma parede ou para o céu, estão flutuando inteiramente no
olho e provocam uma sombra na retina, a parte sensível à luz, no fundo do olho.
Uveíte: o olho é formado por três camadas que
envolvem a sua cavidade central. A camada mais externa é chamada esclera (a
parte branca do olho). A camada mais interna é a retina (que é sensível à luz e
transmite as imagens ao nervo ótico). A camada do meio é chamada úveo, do grego,
uva. Tem esse nome, por assemelhar-se a uma uva descascada. A úvea possui
muitos vasos sanguíneos e é responsável pela nutrição do olho. Quando a úvea
sofre uma inflamação, diz-se que há uma uveíte. Uma vez que a úvea está em
contato com muitas partes importantes do olho, sua inflamação pode provocar
problemas de córnea, na retina ou na esclera. É, portanto, um grande risco para
sua visão.
Blefarite: é uma inflamação na linha dos cílios.
Os cílios nascem em torno dos olhos e nessa parte existem pequenos poros por
onde a secreção oleosa e transpiração saem. Quando esses poros ficam entupidos,
devido geralmente a infecções por estafilococos ou excesso de secreção
gordurosa pelas glândulas de Meibômio, ocorre a blefarite. Para tratá-la, é
recomendada a limpeza dos cílios.
Ceratoprótese: é indicada em casos de alterações
cicatriciais severas com perda total dos fórnices e vascularização profunda.
Embora a ceratoplastia penetrante tenha pequena chance de sucesso, a
ceratoprótese pede significar a única esperança de visão útil em pacientes com
doença bilateral.
Embora ceratoprótese apresente bons resultados em curto prazo, os resultados a
longo prazo são desanimadores. Complicações sérias e comuns incluem vitreíte
estéril, formação de membrana retro-protética, glaucoma, endoftalmite e
extrusão da prótese.
Devido à ocorrência de severos problemas pós-operatórios e visão pobre obtida,
a ceratoprótese é indicada somente em pacientes cegos bilaterais com
prognóstico com outras cirurgias reconstrutivas extremamente pobres; e não deve
ser considerada na existência de módico prognóstico para restauração de visão
com ceratoplastia penetrante ou quando existe alguma visão útil no outro olho.
Obs.: Em qualquer dos casos acima demonstrado, deve-se de imediato
procurar um oftalmologista.